Garotos

Dois meninos caminhavam pela floresta quando se deparam com um riacho.


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Um dos meninos chamado Filos diz: - Engraçado como Parmênides diz que nem nós, nem o rio somos mais os mesmo, pois tudo muda. O seu colega apelidado de Ethos indaga: - Como assim? Eu não sou eu mesmo! Não entendi.
Nem você nem o riacho são os mesmos, pois, tudo esta em constante mudança -, responde Filos em tom provocativo. Ethos não se agüenta em sua angústia filosófica de criança, ainda, e pergunta: - Como poderei chegar à máxima socrática "conhece a si mesmo", se eu não sou eu mesmo. E ri ironicamente como Sócrates, no auge de sua ironia.

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Filos diz: - Para solucionarmos esse questionamento penso que devemos recorrer ao filósofo de Hipona, Agostinho dizia que procura fora o que estava dentro de si, cunhando a célebre frase: "Tarde te amei, tarde te amei, oh beleza antiga e tão nova, eis que procurava fora o que estava dentro".

É uma busca incessante do transcendente, que se encontra dentro do nosso eu e causa tanta angustia do existir. É nessa busca da fundamentação existencial da cada ser, encontramos a solução imanente das nossas incessantes buscas, pelo saber, conhecer e viver com profundidade.
A história ilustra teorias como a de Parmênides do devir, em que tudo está em constante movimento...


*** [3]




... a antropologia existencial de Sócrates...

... e a transcendência imanência de Agostinho de Hipona, três importantes pensadores da Filosofia universal.



[1] Foto encontrada em: biblioteca_vania.blogs.sapo.pt
[2] Imagem encontrada em: http://www.upf.edu/larq/doctorat/pensador.jpg
[3] foto retirada de: http://www.utexas.edu/
Por Márcio Alexandre da Silva (Márcio Alexandre da Silva é formado em Filosofia e educador da rede pública de ensino do Estado de São Paulo)

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