Por Márcio Alexandre
Ele começou sua carreira política como vereador na sua cidade natal (Cachoeira Paulista/SP). Foi secretário da educação do Estado de São Paulo de 2003 a 2007, no governo de Geraldo Alckmin (2001 – 2006). Foi o vereador mais votado no município de São Paulo em 2008 com 102. 048 votos. Fez carreira política pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mesmo partido do atual governador José Serra. Filou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), segundo fontes para pleitear uma vaga na no Congresso Nacional: “Chalita admite candidatura ao Senado e detona Serra” (Jornal de Bauru – SP, 27/10/2009), afastou-se do PSDB alegando que o partido não dava espaço para ele se expressar.
A seguir leremos trechos do discurso feito pelo vereador Gabriel Benedito Isaac Chalita (PSB) na plenária da Câmara Municipal de São Paulo. Ele tece sérias e contundentes críticas ao projeto aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e sancionado pelo governador José Serra [virtual candidato do PSDB ao Planalto], que dispõe sobre aplicação de provas para ascensão salarial na carreira do magistério paulista. A prova será realizada no próximo dia 02.
Leiam o que disse o escritor, a apresentador, filósofo e político: “Eu tenho sido muito cobrado dos professores de São Paulo. Com relação a minha opinião desse projeto enviado pelo governador José Serra e aprovado pela Assembleia Legislativa, que em tese da reajustes aos professores da rede estadual do estado. Eu desde o início que se colocou esse projeto, eu imaginava que Assembleia fosse discutir um pouco mais esse projeto.” O projeto foi aprovado no fim do experiente na Assembleia [na calada da noite], continua: “Eu acho que, quando ele foi colado para opinião pública, ele já foi colocado com grande equívoco, por que dava uma demonstração de que os professores da rede estadual iriam ganha nove mil reais, oito mil reais, sete mil reais. E as pessoas não entenderam que, esse ganhar sete mil reais, oito mil reais ou nove mil reais, demoraria doze anos para que isso pudesse acontecer!” a propositura é uma mentira política e eleitoreira.
Prossegue Chalita em tom de indignação: “O projeto ele é tão cruel com os professores, tão cruel. O que é necessário para que um professor consiga ganhar um pouco mais segundo o projeto? Ele tem que fazer uma provinha. Uma prova para os professores. E a cada prova que esses professores fizerem, 25 % dos melhores professores, poderão ganhar um aumento salarial se houver recursos.” O professor decreta sua ira: “Vejam! Primeiro a prova já é uma excrescência. É uma discriminação contra os professores. Por que médicos do estado não tem que fazer uma prova todo ano então? Por que os engenheiros não tem que fazer uma prova?” A indagação a seguir já em outros artigos, publicados nesse meio de comunicação, pergunta Chalita “Por que os políticos não tem que fazer uma prova? Por que só o professor, pra ter aumento salarial tem que fazer prova? Na verdade é uma sinalização para a sociedade e para os professores de que os professores são os culpados, por problemas eventuais que existem na educação. Professor é vítima não é culpado.” Continua: “É uma forma cruel de tratar os professores. É uma forma desrespeitosa de tratar os professores.” Orienta: “A gente tem que tratar melhor os professores. Respeitar mais as pessoas que se sacrificam para levar adiante, esse sonho tão essencial, que é o sonho de uma educação de qualidade. Eu acho que mostra uma imensa insensibilidade do governador José Serra” detona o legislador.
O governo faz tudo inverso do que orienta os melhores educadores do mundo, como disse Gabriel: “Decorar elementos que cai numa prova, não significa ser o melhor professor.” O ex-secretario alfineta: “Eu acho que é preciso a gente colocar a educação acima de questões partidárias, acima de perseguições mesquinhas, acima de olhares incompetentes, e valorizar quem de fato esta na sala de aula”, lembrando que ele esteve no partido por quase vinte anos, conhece os artifícios internos de perseguições partidárias.
Brada o orador: “Por que cada um desses chamados gestores políticos, né, quando eles precisam colocar a culpa em alguém eles colocam a culpa no mais fraco. E mais uma vez, colocaram a culpa nos professores! É lamentável imaginar, que os professores de São Paulo serão submetidos a essa humilhação, de uma provinha o tempo todo, como os únicos profissionais que vão ter que fazer provinha, para ter um aumento salarial. Repito, por que outros profissionais não tem que fazer provinha? Por que o governador não faz provinha? [...] Por que os secretários dele não fazem provinhas? (grifo nosso). Por que só os professores? Por que eles são a parte mais fraca do processo? Eles são as vítimas desse processo de perseguição?” conclui o político.
Duas reflexões:
Primeira: professores da rede pública devem ser avaliados para que possam ter aumento salarial?
Segunda: professores da rede pública não devem ser avaliados para que tenha aumento salarial?
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9 de fevereiro de 2010 às 08:38
Sou Professor, votei no Prof. Chalita e vi a defesa dos Prof. no Youtube fiquei orgulhoso pela primeira vez de ter votado em alguém nesse país. Ele falou tudo o que penso e desse abuso que estamos sofrendo como PROFESSORES. Nós não merecemos essa discriminação que estamos sofrendo nesse GOVERNO ATUAL DO SERRA.
PROF.IGOR
10 de fevereiro de 2010 às 07:20
Professor Igor obrigado.
Parabéns pela coragem de expressar sua opinião e posição.
Precisamos de pessoas sinceras, transparentes e claras, sem medo de buscar a verdade.
Obrigado!
Professor de Filosofia - Márcio Alexandre da Silva – Autor do texto (Plano de carreira)
15 de fevereiro de 2010 às 06:53
Não acompanho e nem conheço o político Chalita, mas acho que tem razão na crítica ao governo, aliás, deveria ser "aos governos", claro que como "PSB" não fica bem, estou certo?!
O que expõe é o aparelhamento socialista de uma ditadura escrita na Const. de 88, implementada por FHC no tal "neo-liberalismo" (Estado tributário e inútil,como qualquer Estado Comunista), e kevadi a cabo por Lula, no "socialismo do pudê"!
A educação está "ideologisada", bem como a saúde, e o resto, onde os "neguinhos" deitam e rolam.
Acho que os primeiros que deveriam passar por "provas" deveriam ser os "presidentes e governadores", claro que provas "intenacionais", se é que fossem possíveis! Somos governados por imbecis que a única credencial exigida é pertencerem a algum partido da vezm, nem folha corrida da polícia se exige!!
E temos Forças Armadas que apesar da elite mais bem preparada, continuam sendo "lambe-botas" de qualquer ditadura, até mesmo as militares e comunistas como a atual!!
É isso aí, caro Márcio, ainda nos falta a "Guerra Civil" de vergonha na cara, de termos dois Brasis, um escravocrata e outro capitalista. Você que é filósofo deve saber que os EUA se tornaram a primeira nação do Mundo quando resolveram suas querelas internas de "dois países num só", o "imperialismo" é papo furado dos "ditadores comunistas"!!
arioba.
15 de fevereiro de 2010 às 07:51
Arioba suas colaborações são sempre bem vinda.
Muitíssimo obrigado!
Professor de Filosofia - Márcio Alexandre da Silva – Autor do texto (Plano de carreira)
16 de fevereiro de 2010 às 08:58
Meus parabéns pelo blog e não deixe de ler matéria sobre: POR QUE NINGUÉM MAIS QUER SER PROFESSOR? Basta acessar meu blog, clicando em:
www.valdecyalves.blogspot.com
Não deixe de ler poesias de minha autoria vendo video-poesia, clicando em:
http://www.youtube.com/watch?v=jj0tAsBOkO8
17 de fevereiro de 2010 às 10:38
Obrigado pela sugestão Valdecy.
Professor de Filosofia - Márcio Alexandre da Silva – Autor do texto (Plano de carreira)
17 de fevereiro de 2010 às 10:38
Obrigado pela sugestão Valdecy.
Professor de Filosofia - Márcio Alexandre da Silva – Autor do texto (Plano de carreira)
16 de março de 2010 às 17:09
Prezado colega Marcio:
O Centro do Professorado Paulista (CPP) e as demais entidades representativas dos profissionais da Educação, em greve desde segunda-feira (8/3), fizeram uma assembleia na tarde desta sexta-feira (12-03) –onde foi decidido que, por unanimidade, continuar em greve por tempo indeterminado.
Também foi aprovada a realização de outra assembleia, em 19 de março - no vão livre do MASP, na Av. Paulista - para avaliação da greve e tomada de decisões em relação aos rumos do movimento dos educadores.
Compareceram à assembleia de hoje cerca de 40 mil profissionais da Educação, vindos de todo o Estado.
Tivemos a oportunidade de dizer, na Praça da República, que quem empurra a categoria para a greve é o próprio governo. Por isso, temos que continuar, até que converse conosco.
No entanto, mesmo diante da força do movimento, a Secretaria de Educação do Estado continua ignorando a greve como se não existisse.
O governo quer passar a ideia de que não há greve. Entretanto, é obrigado a recorrer à imprensa para bater na mesma tecla ao dizer que as escolas estão funcionando, na tentativa de, mais uma vez, enganar a população. Os fatos desmentem.
Milhares de professores se colocaram em favor da greve e aprovaram, por unanimidade, a continuidade do movimento.
O Brasil não merece um governo que se esquece da educação. O governo que nos aguarde : hoje fomos 40 mil – na próxima seremos 80 mil. Exigimos: respeito, dignidade, boas condições de trabalho estabilidade e salário justo.
Nós, professores, não vamos permitir que este governo acabe com a educação pública.
Um abraço,
Professor José Maria Cancelliero - Presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP)
www.cpp.org.br
31 de março de 2010 às 22:09
Olá,
Parabéns pelo blog. Conheça os meus blogs:
www.imperativocientifico.blogspot.com
(divulgação científica) e
www.petalasesepalas.blogspot.com
Abraço
Rafael
13 de abril de 2010 às 11:01
Fica registrado meu gesto lúgubre de louvor minimo em agradecimento pelo colega ilustre.
3 de agosto de 2010 às 14:42
Olá td bom. Estou divulgando este documentário se puder assistir, vale a pena! Obrigado!
http://nosolhosdaesperanca.blogspot.com/
Resenha
Jânio é um rapaz de vinte anos que foi preso na orla da praia da Cidade de Praia Grande confundido de fazer parte de um grupo de jovens que promoveram um arrastão. Mesmo sem provas ficou preso durante 11 meses. Leide e Francisco a mãe e o pai de Jânio precisaram lutar para provar a inocência do filho, enfrentando a principal dificuldade que esbarra num problema social ainda não resolvido no Brasil.
"Ser pobre é ser culpado até que se prove ao contrário?"
7 de setembro de 2010 às 16:06
Não sou professor, mas como aluno durante 17 anos pude acompanhar professores e professores de todos os tipos imagináveis. Considero que a manutenção do salário REAL de admissão, isto é, aquele com o qual foi contratado por Concurso Público e mais a correçào pela depreciaçào da moeda, é seu direito enquanto demonstrar capacidade para cumprir suas obrigações de professor. A partir daí há dois caminhos abertos para o Professor: demonstrar sua competência didática e conhecimentos atualizados por meios que não lhe sejam humilhantes. Em outras palavras, deve ser avaliado por seus superiores hierárquicos, assessorados por especialistas de alto nível em gestão de recursos humanos, como se faz em qualquer instituição moderna, a fim de se manter empregado. E, em casos excepecionais, isto é, se realmente avançou a níveis superiores em matéria de conhecimento e capacidade didática, poderá receber promoçòes especiais que o distinga de seus colegas. Em outras palavras deve sim haver avaliação para permanecer no emprego com o salário real. Aumentos generalizados poderão ser dados a todos desde que tenham sido avaliados positivamente para permanecer ensinando. Exceções para mérito excepcional deverão ser dadas para poucos que realmente se sobressaiam. Lembro-me de professores desatualizados e incompetentes que depois de admitidos se comportavam como "donos" do ensino e da escola. E nós alunos, como ignorantes que ali estávamos para ouvir suas idéias e incompetência sem "chiar". Submissos e medrosos era a regra de ouro. Felizmente obtive uma bolsa e freqüentei uma das melhores universidades americanas. Lá nenhum professor dorme em berço esplendido. Além disso as universidades e os cursos são escolhidos em função da qualidade dos professores. Artigos publicados, livros, prêmios e outros reconhecimentos recebidos no País e no exterior é que definem o salário do professor. Os melhores são disputados por várias universidades a fim de poder incluí-los na apresentação da entidade para o público interessado em nela estudar. É como se faz nas artes no Brasil. Os professores e as escolas mais disputadas sào as que têm os professores mais reconhecidos por sua competência. Chega de sindicatos e arruaças com polícia. Isso não torna o ensino melhor. O teste do político é sua eleição. Somente povo analfabeto e sem estudos e cultura votam nos crápulas que estào aí nos governando. Cabe aos professores elevar o nível de cultura e educação de nosso povo, começando por sua compostura e capacidade de ensinar.
7 de setembro de 2010 às 16:06
Não sou professor, mas como aluno durante 17 anos pude acompanhar professores e professores de todos os tipos imagináveis. Considero que a manutenção do salário REAL de admissão, isto é, aquele com o qual foi contratado por Concurso Público e mais a correçào pela depreciaçào da moeda, é seu direito enquanto demonstrar capacidade para cumprir suas obrigações de professor. A partir daí há dois caminhos abertos para o Professor: demonstrar sua competência didática e conhecimentos atualizados por meios que não lhe sejam humilhantes. Em outras palavras, deve ser avaliado por seus superiores hierárquicos, assessorados por especialistas de alto nível em gestão de recursos humanos, como se faz em qualquer instituição moderna, a fim de se manter empregado. E, em casos excepecionais, isto é, se realmente avançou a níveis superiores em matéria de conhecimento e capacidade didática, poderá receber promoçòes especiais que o distinga de seus colegas. Em outras palavras deve sim haver avaliação para permanecer no emprego com o salário real. Aumentos generalizados poderão ser dados a todos desde que tenham sido avaliados positivamente para permanecer ensinando. Exceções para mérito excepcional deverão ser dadas para poucos que realmente se sobressaiam. Lembro-me de professores desatualizados e incompetentes que depois de admitidos se comportavam como "donos" do ensino e da escola. E nós alunos, como ignorantes que ali estávamos para ouvir suas idéias e incompetência sem "chiar". Submissos e medrosos era a regra de ouro. Felizmente obtive uma bolsa e freqüentei uma das melhores universidades americanas. Lá nenhum professor dorme em berço esplendido. Além disso as universidades e os cursos são escolhidos em função da qualidade dos professores. Artigos publicados, livros, prêmios e outros reconhecimentos recebidos no País e no exterior é que definem o salário do professor. Os melhores são disputados por várias universidades a fim de poder incluí-los na apresentação da entidade para o público interessado em nela estudar. É como se faz nas artes no Brasil. Os professores e as escolas mais disputadas sào as que têm os professores mais reconhecidos por sua competência. Chega de sindicatos e arruaças com polícia. Isso não torna o ensino melhor. O teste do político é sua eleição. Somente povo analfabeto e sem estudos e cultura votam nos crápulas que estào aí nos governando. Cabe aos professores elevar o nível de cultura e educação de nosso povo, começando por sua compostura e capacidade de ensinar.
12 de setembro de 2010 às 08:39
O anônimo tocou num ponto crucial, o professor ter aumento e promoções por sua prática didática – não é o que governo paulista faz – ele avalia decoreba, que é bom de memória, beleza!
Talvez quem sabe a teoria não aplique-a em sua prática. Não sou contra a teoria, elas são boas, mas, não podemos educar de gabinetes luxuosos, temos que estar em salas com má iluminação, ventilação e outras precariedades e dessa realidade teorizar.
Vossa excelência não explicou como teve alguns professores incompetentes durante 17 anos dos seus estudos básicos e conseguiu bolsas de estudos? Será que esses [ditos incompetentes] não tem auxiliaram em algo que lhe deva ser grato?
Você estudou em escola particular ou publicar?
É possível não próxima postagem se identificar para ampliarmos o diálogo e a transparência do assunto tão sério e importante.
Márcio Alexandre da Silva – Professor de Filosofia - Autor do texto (Plano de carreira)
26 de janeiro de 2011 às 10:10
Fugiu porque NÃO É PROFESSOR.