Por Márcio Alexandre da Silva
Algumas vezes por não recebermos afetos, caímos no egoísmo e cometemos o erro de guardarmos os carinhos que temos para nós mesmos e não o distribuímos. Esquecemos que quando guardamos o amor para si, ele apodrece, como quando acondicionamos maçãs em caixas de papelão.
Nós condicionamos as crianças a acumular carícias e amor e não as distribuir. É comum dizermos para as crianças. “Não deixe fulaninho brincar com seus brinquedos ele não deixa você brincar com o deles”. Somos maus acostumados a economizar carinhos e afetos. Temos a ideia errôneas de que eles acabarão por isso devemos poupá-los. Ainda assim muitas pessoas se casam querendo apenas receber amor, não dando amor, enclausurando o amor dentro de si. Não foram educados para entender que as trocas de afetos enriquecem as pessoas. Pois, desde pequenos somos educados a economizar carinho, afeto e atenção. Como no exemplo do carrinho, em que a criança é motivada a não emprestar, se não for rec eber algo em troca. Essa mentalidade esta totalmente errada.
Há pessoas que são carentes de afetos. Isso é o grande mau da modernidade, as pessoas estão cada vez se relacionando menos. Estudos feitos com crianças comprovam que algumas quando doentes, mesmo que tratadas, com medicações e médicos de qualidades, não se recuperam senão tiverem carinhos. Gestos de carinhos são terapêuticos.
Alguns erros em relações aos afetos:
Muitos pensam que a carícia tem limites por isso devemos economizá-los. Distribuir carícias pode acostumar às pessoas – muitas vezes não pegamos a criança no colo com o argumento de não acostumá-la má e “intoxicamos” de leite enquanto ela chora. Nunca receba carícias gratuitamente a única forma de recebê-la é em forma de troca. Você não deve se auto-elogiar, os outros sabem do seu mérito. Homem não pode ser cuidado por mulher, afinal somos “mais fortes”. Homem não pode ser cuidado por outro homem, senão seremos afeminados ou fracos. Quanto menos depender dos outros melhor. Talvez esse último seja o pior de todos os erros: sexo é a única forma de trocas de carícias, afetos e prova de amor.
Os aspectos positivos dos afetos são: as coisas que nos causam bem estar e prazer benéfico, realização, reconhecimento, acolhida, elogios, gestos de afetos, convites, abraços, beijos, olho-no-olho, telefonemas...
Os aspectos negativos dos afetos são: agressões, seja físicas e verbais, depreciação, desafetos, indiferenças, bajulações, falsos elogios.
Os frutos das carícias negativas. Por exemplo, a pessoa faz um trabalho errado, recebe falsos elogios. Alguém fez algo errado com caridade corriga a pessoa para que ela possa mudar.
As vantagens do amor próprio excessivo é que sempre devemos rezar a seguinte oração: “Ó Senhor, fazei que eu ame o próximo como a mim mesmo, mas, antes, Senhor ensina-me a amar a mim mesmo”. Pois, o amor próprio faz as pessoas terem vontades de praticarem esportes, aprender filosofia, cultivar artes e outras coisas boas da vida. Quem se ama equilibradamente, começa a ser amado pelo próximo, e passa a amar o próximo como a si mesmo.
O ser humano ainda perece por falta de amor.
Comece hoje o desafio da terapia do abraço. Inicie abraçando pelo menos três pessoas por dia. Com o passar do tempo aumente esse número. E sem que menos você espere estará trocando afetos com varias pessoas.
Experimente o poder terapêutico de um abraço!
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